As manifestações dos motoristas de transporte de carga continuam em Pelotas. Na manhã desta quinta-feira (3), a Ecosul informou que nos quilômetros 62 e 66 da BR-392 ainda havia pontos de manifestação. Em novo trecho, quilômetro 526 da BR-116, no entorno de Pelotas, também foi registrado bloqueio. No trevo de Cristal, no quilômetro 426 da BR-116, e no quilômetro 105 da BR-293, em Pinheiro Machado, também há focos protestos. Nestes locais, os veículos de carga são convidados a parar na lateral da rodovia ou para dentro do posto.

Em contato com a equipe do Diário Popular, uma das lideranças do protesto em Pelotas comemorou a adesão maior. Segundo ele, os motoristas que não tinham aderido à greve já estão começando a aceitar e participar dos bloqueios e não há mais quem force passagem nestes pontos. Os líderes ainda buscaram ressaltar que ninguém está sendo obrigado a apoiar o protesto, mas cerca de 200 caminhões estão parados no posto Coqueiro, no quilômetro 66 da BR-392. Um dos pontos colocados pelos manifestantes é manter livre o fluxo de todos os veículos, exceto os de carga. Estes veículos, ao passarem pelos bloqueios, são aconselhados a voltarem ao local onde carregaram, ou a se juntar ao protesto.

A escolha dos locais na BR-392 foi justamente pelo grande fluxo da rodovia, visando conscientizar os motoristas que vão em direção ao Porto de Rio Grande sobre as reivindicações da categoria. Em Ijuí também há outro ponto com o mesmo foco, já que a cidade é uma das maiores distribuidoras de cargas dentro do Estado.

Os manifestantes alertam que o aumento do preço do diesel irá acarretar no aumento do preço de produtos que dependem do transporte rodoviário. As lideranças de Pelotas, inclusive, mostraram-se dispostas a juntar-se a outras categorias de profissionais em busca do fortalecimento das greves. A ideia é fazer uma passeata para conscientizar o povo quanto aos pontos negativos do aumento no valor dos combustiveis.